domingo, outubro 10, 2010

Ontem foi dia de Intercasa Concept, uma boa oportunidade de comunicarmos com pessoas do meio e conhecermos melhor aquilo que se passa a nível nacional no que diz respeito ao design. Devo porém confessar que vim ligeiramente desiludida. Tornou-se mais do que óbvio quais são as tendências de agora: estruturas angulosas, mesas extensíveis, sofás reguláveis, e o branco é uma constante. Enfim, com o branco posso eu bem, porque até acho que torna um espaço mais harmonioso, mas achei um bocado aterrorizante o facto de ver em grande parte dos stands do pavilhão 2 uma constante repetição dessas mesmas tendências, muitas delas réplicas umas das outras. Tirando um ou outro caso, foi uma forte sensação de deja vu.
O pavilhão 3, com menos stands e mais diversificados já não foi tão repetitivo assim. Foi evidente a tendência dos vidros no design de iluminação, tendência essa que a mim até nem me agrada assim tanto quanto isso.
O pavilhão 4 era reservado a um design mais individual, havendo uma parte dedicada à exposição de uma panóplia de designers e dos seus produtos, que para mim foi talvez o ponto alto. Vi peças interessantes, e acima de tudo, diferentes de tudo o que se encontrava nos dois pavilhões anteriores. O stand da FBAUL estava para mim bastante pobre, mas fiquei extremamente satisfeita com o do meu professor de projecto, Marco Sousa Santos, o designer do ano. Foi bom finalmente ver ao vivo e a cores as peças anteriormente visualizadas no seu site, e pelo que me pareceu o feedback das pessoas no geral foi positivo: contrariamente aos outros stands, as pessoas entravam, mexiam, experimentavam, e é isso que o consumidor precisa, uma aproximação ao produto através do toque e não unicamente da visão. E o próprio facto de os designer se encontrarem lá, à disposição de qualquer dúvida ou questão a respeito do seu trabalho é sempre de louvar.
No fim de contas foi bom, entrar à borla, falar com o professor fora do contexto da faculdade, e trazer uma série de contactos que me poderão vir a ser bastante úteis no futuro. Tenho pena que Portugal não aposte mais neste tipo de eventos, que só ocorrem uma vez por ano...

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