Não me leves a mal, mas já me começo a fartar de ti. Sempre tivemos uma relação tão saudável, cheia de cumplicidade e tudo o que é necessário para que resulte, mas sinceramente eu acho que precisamos de dar um tempo. Tornou-se evidente que esta nossa tentativa de vivermos juntas não está a resultar, precisamos de espaço, para que hajam saudades e tudo funcione como deve ser. Esta semana de convívio diário contigo, desde que acordo até que me deito, tem sido para mim um sofrimento semelhante àquele pelo qual os meus pais passavam quando eram crianças e tinham que tomar óleo de fígado de bacalhau. É verdade que temos passado bons momentos, especialmente nos nossos encontros românticos na biblioteca de Oeiras em que nos sentamos só nós as duas numa mesa e conversamos tardes inteiras. Mas nitidamente vivermos juntas foi um passo muito rápido e impensado. Começo a achar que cada dia que passa pareces dizer-me sempre a mesma coisa, e eu começo a dar em doida! Mas não te culpo. E sabes que apesar de tudo eu te amo, do fundo da minha aorta.
Marta
Marta
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