
E depois temos aqueles exemplos de séries e filmes que têm personagens tão interessantes que quase se tornam palpáveis. Personagens que já fazem parte da nossa vida, das quais nos lembramos quando ouvimos uma frase na rua ou uma música na rádio. Personagens marcantes, que ficam. O Sexo e a Cidade é uma série que já existe desde 98, e por muito tempo que passe, e por muito que a repitam na televisão não cansa, tem sempre piada. E para mim é isso que tem valor: conseguirem pegar numa série que já acabou há seis anos e fazerem dois filmes que causam sensação é sem dúvida um feito. Esta é uma daquelas histórias que, espero eu, tenham sempre coisas novas por descobrir.
Não é nenhum filme genial, daqueles que dizemos que são interessantíssimos. Para mim o grande interesse aqui reside mesmo nas personagens. Porque digam o que disserem, são muito bem conseguidas. São personagens universais, podemos ir na rua e identificar Charlottes, Mirandas, Samanthas e Carries. Podemos nós identificar-nos também com elas. E é precisamente esta proximidade das personagens com o público que faz com que seja uma série que fica.
O filme está muito engraçado. As opiniões dividem-se entre os que preferiram o primeiro filme e o inverso. Eu gosto de ambos por motivos diferentes. O filme anterior centrava-se mais à volta da Carrie, e fazia todo o sentido tendo em conta a história. Para mim foi um filme que mexeu mais com a parte do sentimento. Este filme não. Este filme foi quase um voltar às vidas de solteiras delas todas, onde havia sempre qualquer coisa para rir. Faz todo o sentido, portanto, que este filme fale mais sobre um bocadinho de cada personagem. Mais uma vez o guarda-roupa não desilude, e aquelas paisagens magníficas, toda a decoração e arquitectura presentes no filme são apetecíveis. Talvez por estes motivos eu prefira este filme. Porque conseguiu, a meu ver, abranger um leque mais vasto de temas e personagens do que o anterior.
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