Hoje tenho dois pontos a debater:
1- Não gosto de política, que seja ponto bem assente. Se houve coisa que sempre me ensinaram desde criança foi que quando não sabemos das coisas não devemos abrir a boca, e infelizmente pouca gente foi assim educada. Não há dia que não oiça alguém a dizer que o que fazia falta a Portugal neste momento era um Salazar. Eu posso até não ser muito culta no que diz respeito a política, mas de história sei eu bem. E por amor de deus, até eu, que só nasci nos anos 90 sei que o senhor fez coisas boas mas que fez muita merda. Portanto não me digam que o que precisamos é de um Salazar, porque como eu já referi há uns meses atrás, as pessoas têm é a memória curta. Há pouco estava a almoçar e deu uma notícia a respeito de a reforma do sistema da saúde nos Estados Unidos ser finalmente implementada pelas mãos do Obama, tendo sido esta uma das primeiras promessas por ele feitas. Assim, a minha opinião enquanto pessoa que nada se interessa por política mas que adora mandar palpites a respeito de tudo é que nós não precisamos de Salazar nenhum, mas sim de um Obama. Por outras palavras, de uma pessoa que realmente consiga fazer aquilo a que se compromete, de uma pessoa que não fala só para angariar votos, mas sim porque quer fazer uma mudança.
2- Últimamente tenho sofrido de um triste síndrome cujo nome ainda é desconhecido, mas cujos sintomas consistem numa tendência em ver as Tardes da Júlia. Isto é grave meus caros, e se for contagioso aconselho que se mantenham afastados da minha pessoa. Porque isto de ter finalmente uma infinidade de canais para ver e sentir-me presa a um programa que pouco tem de interessante é algo preocupante. Não divagando mais, todos os dias a senhora de voz estridente debate vários temas, sendo que por vezes lá calham os assuntos de foro do oculto. Não sendo nenhuma novidade para os que me são mais chegados que o oculto sempre foi um tema que me despertou alguma curiosidade/interesse, este meu síndrome até tem sido facilmente suportado (pelo menos nos últimos tempos). Passando ao que interessa; a semana passada falou-se em certo dia nas questões de experiências de quase morte, o que se sente, o que se vê, como é que isso realmente funciona. Hoje o tema ao que me parece são OVNIs, ETs e outros que tais. Sendo a minha opinião sobre cada uma das questões algo a ser referido mais tarde, há um ponto em comum à maioria dos depoimentos que me deixa seriamente irritada. Não é que eu duvide da palavra dos senhores e senhoras que vão contar as suas histórias ao programa; quem sou eu para os julgar. Há coisas que só as sabe quem realmente passa por elas. Mas a minha experiência de vida também me diz que as pessoas gostam muito de exagerar, "quem conta um conto acrescenta um ponto" já dizia a minha professora. Tal como também há pessoas que gostam muito de falar, e de contar histórias. Acontece que às vezes o conteúdo não é suficiente, e resta-nos acrescentar condimento para criar interesse aos nossos ouvintes. Por vezes a mais pura das verdades encontra-se nas palavras mais simples, mas frases mais curtas. Isto não requer grandes explicações. A partir do momento em que as pessoas me começam a dar demasiados detalhes a respeito de determinado respeito, e começo a torcer o nariz e a perder o interesse. Há sempre ali uma pontadinha de mentira. Expliquem-me lá, como é que um homem que se auto-intitula céptico, conta detalhadamente uma suposta experiência de avistamento de um OVNI? Novamente, eu não estou a meter em causa a veracidade do acontecimento, mas será que o objecto em questão tinha mesmo cinco janelinhas com luzes vermelhas intermitentes, uma antena amarela, e rodopiou para a esquerda? Parece-me que qualquer pessoa, principalmente os mais cépticos, perante um episódio para o qual não encontraria qualquer tipo de explicação lógica nunca se iria debater perante tais detalhes, na minha opinião tão disparatados.
3- Não tenho mais nada a debater, fica para mais tarde a minha opinião a respeito de certos filmes que vi recentemente. Sem mais nada a referir, oiçam a Joining the Dots dos Arctic Monkeys. É do single novo. Vale a pena, obviamente.
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