segunda-feira, janeiro 18, 2010

house of cards

As pessoas funcionam como castelos de cartas, pegando um bocado na música de Thom Yorke. Se retirarmos uma carta da base, lá se colapsa a infra-estrutura toda. Todos nós passamos por esta fase, em que o nosso mundo perde o sentido quando nos é retirado algo de muito importante. O problema está em sabermos compreender que o que importa verdadeiramente somos nós, essa sim é a infra-estrutura mais resistente, e que o resto que nos é adjacente é algo que só vem melhorar a nossa vida, não sendo contudo essencial à nossa existência, muito menos permanente.
Mas isto é uma fase, e a história dos três porquinhos explica isso muito bem. Não é uma questão de inteligência, é sim uma questão de experiência e crescimento. Em determinada altura, todos nós já construimos as nossas vidas com as coisas mais humildes, mas que nos pareciam capazes. Mas mais cedo ou mais tarde, acabamos sempre por perceber que afinal, não eram humildes nem capazes, mas sim insignificantes e fracas. E então abandonamos o castelo de cartas, e construímo-nos de forma sólida e inabalável. Com coisas verdadeiramente importantes e capazes de suportar quaisquer intempéries.
É incrível como tudo tem uma explicação tão simples.

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